A presença do Carbono é uma forma de aferir a saúde e produtividade dos ecossistemas.

A atmosfera recebe carbono das plantas, dos animais e dos oceanos. As alterações da concentração de carbono na atmosfera ocorrem de forma natural, lenta e fluída, devido à resiliência e estabilização natural dos Ciclos do Carbono.

A introdução do fator humano tem o efeito de aumentar a intensidade e ritmo desses ciclos, contribuindo para as Alterações Climáticas.

 

Porque só plantar árvores não chega…

 

Dada a facilidade com que se plantam árvores, em praticamente qualquer lugar do mundo, os preços são baixos, os co-benefícios são postos de parte e criam uma desvalorização da tonelada de carbono.

Estão ainda associados grandes problemas de verificabilidade e permanência, uma vez que não há nenhum mecanismo que confirme a captura e sequestro do carbono pago pelo consumidor/cliente/poluidor

A CarBio-Solo procura resolver estes problemas através de um esquema de validação, acompanhamento, auditoria, consultoria e verificação do carbono ganho no território, criando as condições para tratar o combate às Alterações Climáticas com a seriedade e rigor que merecem. 

 

Qual o impacto da Captura de Carbono no Solo?

 

A Captura de Carbono no Solo aumenta o teor de matéria orgânica, melhora a sua estrutura, porosidade e capacidade de retenção de água.

Estes efeitos têm o potencial de melhorar a capacidade produtiva dos solos e aumentar a resiliência dos ecossistemas perante situações ambientais adversas.

Trata-se de uma valiosa medida de Mitigação e Adaptação às Alterações Climáticas e de Combate à Desertificação. 

 

A CarBio-Solo desenvolveu um Índice de Potencial de Captura de Carbono (em fase beta) para o sul de Portugal. 

 

Foi utilizado um total de 114 imagens de satélite para o ano de 2020, de forma a calcular índices de intensidade clorofilina e senescência da vegetação, bem como humidade e brilho do solo.

De seguida, foram utilizados os resultados da captura potencial de carbono em diferentes usos e tipos de solo em ecossistemas mediterrâneos.

Por fim, foram conjugados alguns indicadores de desertificação, tais como a erodibilidade e o índice de aridez para completar a análise.